Um dos principais acessos a Cruz das Almas e Santo Antônio de Jesus, cidades que atraem milhares de visitantes para curtir o São João, a ponte que passa ao lado da barragem de Pedra do Cavalo, no Recôncavo, apresenta uma rachadura que virou motivo de preocupação para muitos motoristas.
Uma imagem com uma fissura na pista, que circula nas redes sociais acompanhada de uma mensagem de alerta, motivou a superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na Bahia a se manifestar sobre o assunto e tentar tranquilizar os condutores que utilizam o trecho da BR-101 entre as cidades de Cachoeira e Governador Mangabeira.
Segundo o órgão, que é vinculado ao Ministério dos Transportes, não existem rachaduras na ponte. “Trata-se de um elemento estrutural, conhecido como Junta de Dilatação. Foi executado um recapeamento na pista de rolamento com CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado à Quente, sobre as juntas. Ocorre que, com a dilatação natural do concreto, existe um afastamento ou aproximação entre as placas do tabuleiro, abrindo ou fechando nas juntas de dilatação”, informou o engenheiro Gerson Pereira de Souza, chefe de serviço do Dnit em Cruz das Almas.
Apesar disso, informou o engenheiro, uma vistoria mais detalhada seria feita “para checar se existe alguma patologia na estrutura que comprometa a sua utilização futura”.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que a situação foi informada ao Dnit, que respondeu que a fenda é um fenômeno “dentro dos parâmetros da junta de dilatação da ponte”.
Imagens feitas pelo Google, na função Google Street View, mostram que a situação já era verificada, pelo menos, desde outubro do ano passado, no entanto, o desgaste do asfalto na junção da estrutura era menos aparente.
Debaixo de outra ponte
Outra imagem que circula nas redes sociais mostra o que seria um ângulo diferente da rachadura próximo à Pedra do Cavalo. No entanto, a imagem é da Ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro (as muretas de proteção entregam que são diferentes; uma vazada, outra não).
A imagem por lá também gerou discussão em 2014, quando uma mulher fez a foto de baixo, a partir de uma barca. Na ocasião, a CCR, empresa que administra a ponte, também afirmou que a ‘separação’ é necessária.
Confira a nota divulgada na época:
“Uma foto está sendo postada nas redes sociais mostrando uma junta de dilatação na Ponte Rio-Niterói, que vem sendo confundida com uma rachadura.
A CCR Ponte esclarece que esta abertura é necessária e consiste em uma separação física entre as duas partes de uma estrutura, para que estas possam se movimentar sem transmitir esforços entre si.
Toda ponte de grandes dimensões precisa deste tipo de abertura para acomodar a movimentação da estrutura em função das variações térmicas, evitando tensões indesejáveis, o que poderia ocasionar fissuras nas lajes e vigas.
Existem várias juntas como esta ao longo da Ponte Rio-Niterói. No trecho sobre o mar, essas aberturas ocorrem a cada 400 metros, em sua maior parte, e têm cerca de 13 centímetros de abertura. Nos acessos Rio e Niterói, ocorrem a cada 30 metros, aproximadamente, e têm cerca de três centímetros de abertura.”
Fonte: Correio24horas