Formalização cresceu mais entre as mulheres; 1 em cada 5 autônomas tem registro no CNPJ
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira (15), os resultados do módulo sobre Características Adicionais do Mercado de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) 2022.
Esse módulo da PNADC traz informações importantes sobre trabalhadores autônomos e empregadores registrados no CNPJ, além de associação a sindicato, local de trabalho, dentre outras.
No período de 2019 e 2022, após os dois anos mais intensos da pandemia do coronavírus (2020 e 2021), que teve um grande impacto negativo no trabalho informal, a formalização dos profissionais autônomos na Bahia, por meio do registro no CNPJ, teve uma alta recorde e chegou ao seu maior patamar em 10 anos, desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.
A Bahia aparece na pesquisa com alguns resultados significativos desde a última pesquisa. Os principais resultados sobre as Características Adicionais do Mercado de Trabalho, da PNADC 2022, mostram que:
- Após a pandemia, em 2022, a formalização de autônomos teve avanço recorde (+49,0%) na Bahia e chegou ao maior patamar em 10 anos. No ano passado, dos 1,8 milhão de trabalhadores por conta própria no estado, 292 mil tinham registro no CNPJ, o que equivale a uma taxa de formalização de 16,1%, frente a 11,2% em 2019 e a 6,4% em 2012.
- Apesar do avanço, em 2022 a informalidade entre os trabalhadores por conta própria na Bahia (83,9%) ainda era muito alta, bem acima da nacional (73,7%) e a 12ª mais elevada entre os estados, mesma posição ocupada em 2019.
- Entre 2019 e 2022, na Bahia, a formalização cresceu mais entre mulheres; e 1 em cada 5 autônomas tinha registro no CNPJ, no ano passado.
- Entre os empregadores baianos (pessoas que trabalham com pelo menos mais um/a empregado/a, que não é doméstico/a), a formalização recuou entre 2019 e 2022 (-14,4%), sendo a mais baixa desde 2014: 34,9% não tinham registro no CNPJ.
- O percentual de sindicalizados cai seguidamente na Bahia desde 2017 e chega a seu menor patamar em 2022: 11,5% dos trabalhadores. Ainda assim, é o 5o maior percentual entre os estados
- Entre 2019 e 2022, o número de pessoas que trabalhavam em fazendas, sítios, granjas ou chácaras foi o que mais cresceu na Bahia.
Fonte: IBahia.com