A futura ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), afirmou nesta quinta-feira (8) que a pasta dará “muito espaço” para discutir as mudanças nas regras de uso dos agrotóxicos.
Em entrevista a jornalistas, em Brasília, a parlamentar foi questionada sobre as normas de utilização dos defensivos agrícolas. De forma positiva, ela defendeu o projeto que trata do assunto.
“A comissão especial trouxe a modernização. É você dar a unção para o produtor brasileiro usar as mesmas moléculas que são usadas lá fora, através da agilidade, da transparência, da governança. No projeto não se fala nada mais além disso, nem tira poder de ninguém. Cada um vai estar dentro da sua caixa opinando. Os três que sempre fizeram isso: a agricultura, a saúde, através da Anvisa, e o meio ambiente, através do MMA.”
A Lei dos Agrotóxicos foi aprovada por uma comissão especial da Câmara dos Deputados em junho deste ano. Enquanto o grupo contrário à matéria entende que a flexibilização das regras vai se limitar apenas à atuação de órgãos de controle, os defensores do projeto argumentam que o texto vai modernizar a legislação, dando agilidade ao processo de registro das substâncias.
Tereza Cristina também disse que vai se reunir com o presidente eleito na próxima semana e que devem discutir o modelo de Ministério da Agricultura pensado por Bolsonaro. Um dos pontos a serem analisados, segundo a futura ministra, é deixar o setor responsável pelas áreas de pesca e agricultura familiar.
Sobre as terras indígenas, a nova ministra da Agricultura defendeu o diálogo entre as partes ao afirmar que é preciso se fazer justiça para que, tanto indígenas quanto produtores, possam sobreviver.
Fonte: Marquezan Araújo