O consumo de álcool gera um custo anual de R$ 18,8 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS), considerando tanto os gastos diretos com hospitalizações e procedimentos (R$ 1,1 bilhão) quanto os custos indiretos, como perda de produtividade e licenças médicas (R$ 17,7 bilhões). Esses valores representam 8,6% do orçamento total da saúde em 2024 e 61,6% dos recursos destinados à ampliação do SUS até 2026. As informações são da Folha de S. Paulo.
Um estudo da Fiocruz, realizado em parceria com organizações de saúde, aponta que o álcool foi responsável por quase 105 mil mortes no Brasil em 2019, sendo 86% delas entre homens. As principais causas incluem doenças cardiovasculares, acidentes e episódios de violência. Além disso, a mortalidade por câncer e doenças cardiovasculares tem crescido entre as mulheres, aumentando a preocupação dos especialistas.
O impacto do consumo excessivo vai além das estatísticas de óbitos. Cerca de 900 mil brasileiros enfrentam prejuízos no rendimento semanal devido ao álcool. Outro dado preocupante é o aumento do consumo abusivo, especialmente entre mulheres, e a iniciação precoce de jovens no consumo de bebidas alcoólicas, muitas vezes antes dos 17 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para os riscos do álcool no desenvolvimento de doenças como o câncer de mama e propõe medidas de contenção, como aumento de impostos e restrição da venda de bebidas alcoólicas, para reduzir os danos à saúde pública.
Redação