IBGE prevê queda em 2024, enquanto Conab aposta em recuperação em 2025
Após um ano de produção recorde em 2023, a safra de grãos na Bahia enfrenta perspectivas distintas para os próximos ciclos. Tanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma redução na produção de 2024, influenciada pelo fenômeno El Niño, que afetou o clima e prejudicou lavouras importantes como soja e milho.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, com dados analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima uma colheita de 11,3 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e leguminosas em 2024. Esse volume representa uma queda de 6,8% em relação ao ano anterior. A soja, principal produto agrícola do estado, deve ter uma leve retração de 0,4%, com 7,53 milhões de toneladas, enquanto o milho deve registrar uma queda mais acentuada, de 27,3%, totalizando 2,25 milhões de toneladas. O feijão também deve ter uma redução de 5,2%, com 226 mil toneladas. A única exceção entre os principais grãos é o algodão, que deve ter um novo recorde de produção, com 1,77 milhão de toneladas, impulsionado por um aumento de 4,4% na área plantada.
Para o ciclo 2024/2025, a Conab apresenta uma perspectiva mais otimista. A previsão é de uma produção de 13,1 milhões de toneladas, um aumento de 5,5% em relação à safra 2023/2024. A área plantada também deve crescer 2,0%, alcançando 3,86 milhões de hectares. A Conab destaca a recuperação da soja, com uma produção estimada em 7,90 milhões de toneladas, um aumento de 5,6%, e do milho, com uma safra prevista de 3,20 milhões de toneladas, um aumento de 8,1%. A produção de algodão também deve continuar em alta, com 1,70 milhão de toneladas. A única previsão negativa da Conab é para o feijão, com uma redução de 3,2% devido à escassez de chuvas.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter e Ascom SEI