Um inquérito da Polícia Federal que investiga o senador Flávio Bolsonaro, por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral, chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com informações do jornal O Globo, a investigação corria em sigilo no Rio de Janeiro, desde março do ano passado, mas foi remetida à PGR porque o filho do presidente Jair Bolsonaro tomou posse como senador da República.
Ainda conforme o jornal, a investigação envolve “negociações-relâmpago de imóveis” que teriam resultado no “aumento exponencial” do patrimônio do filho do presidente Jair Bolsonaro.
“Trata-se de notícia de fato na qual o representante relata que o deputado estadual do Rio de Janeiro Flavio Nantes Bolsonaro teria tido aumento exponencial de seu patrimônio por meio de negociações relâmpagos de imóveis, além de ter declarado à Justiça Eleitoral imóvel cujo valor seria consideravelmente maior que o declarado, havendo indícios do crime de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro”, diz o inquérito.
A Procuradoria Regional Eleitoral solicitou à PF que interrogue o senador em um prazo de 60 dias.
Caso Queiroz
Além deste caso, Flávio Bolsonaro ainda é alvo do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), por causa de movimentações financeiras atípicas. O promotor Cláudio Calo, da promotoria de investigação penal do Ministério Público do Rio de Janeiro, foi designado para cuidar das suspeitas, mas declarou-se suspeito, nesta terça-feira (5).
Segundo o órgão administrativo – que tem como missão promover a proteção dos setores econômicos contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo – foram feitos 48 depósitos em dinheiro vivo, de 2.000 reais cada, na conta bancária de Flávio, pelo seu ex-assessor Fabrício Queiroz.