De acordo com um novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, já foram preenchidas 96,6% das vagas do programa Mais Médicos. As inscrições vão até o dia 7 de dezembro pelo site maismedicos.gov.br.
O rompimento do acordo ocorreu por conta da decisão do governo cubano, de chamar de volta os profissionais por desacordo com condições impostas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para que os médicos permaneçam no programa. Entre elas estão a realização de um exame para reconhecimento de seus diplomas no país, o Revalida, e a não retenção de parte da remuneração dos médicos, que até então ficava sob administração cubana.
São mais de 8.500 vagas distribuídas por mais de 2.800 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) no país. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, explica como é a lógica das vagas.
“O quê que vai acontecer que é novo? Vamos dizer que em uma cidade brasileira tenha 10 vagas. Os 10 primeiros médicos que acessarem e atenderem aqueles requisitos, de apresentar aquelas informações, vão consumir aquele número de unidades e esta cidade não aparecerá mais para o décimo primeiro. Então não haverá mais a disponibilidade de vagas naquele município.”
Aqueles médicos selecionados terão até o dia 14 de dezembro para entregar os documentos exigidos no edital à prefeitura da cidade selecionada. Além disso, segundo o ministro da Saúde, um segundo edital deve ser lançado para os candidatos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior.
“Isto, para nós, é uma resposta imediata a esta situação e acreditamos que, com estas duas medidas, nós teremos aí uma grande oportunidade de os nossos municípios e a nossa sociedade não ficar desassistidas pelos médicos cubanos que estão de saída.”
O Mais Médicos foi criado em 2013 com o intuito de garantir a assistência médica em comunidades desfavorecidas e em regiões remotas do país.
De acordo com um levantamento do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pelo menos 285 cidades e 36 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ficaram sem médicos com a saída de profissionais cubanos.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40 médicos já se apresentaram para trabalhar.
Fonte: Cintia Moreira