Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a PNAD 2017, divulgados pelo IBGE, mais de 30 por cento dos jovens, de 18 a 24 anos, estão desempregados na Bahia. Em comparação ao número total de desempregados, os jovens correspondem a mais de 90 por cento dos trabalhadores sem emprego no estado.
A dificuldade dos jovens de encontrar vagas pode estar ligada a qualidade do Ensino Básico regular do sistema de educação que não prepara os estudantes para o mercado de trabalho.
A Gerente da Educação Profissional do SENAI, da Bahia, Patrícia Evangelista, acredita que a base da educação precisa mudar para garantir ao estudante da Bahia melhores qualificações. Para ela, só assim, os jovens terão chances de disputar uma vaga de emprego logo após a conclusão do ensino médio.
“O Brasil, de fato, ele precisa de uma reformulação na educação básica, que vai desde o Ensino Fundamental, passando pelo Ensino Médio. Eu estou reforçando a questão do Ensino Médio pelo fato do Ensino Médio se aproximar mais da formação técnica-profissional.”
A Nova Base Nacional Curricular do Ensino Médio, que está sendo formulada pelo MEC, prevê maior fomentação do ensino técnico profissional nas escolas. A medida, quando passar a valer, vai poder contribuir para melhor formação do estudante e, por consequência, facilitar a entrada dele no mercado de trabalho, como prevê o Gerente Executivo de Estudos e Prospectiva da CNI, Márcio Guerra.
“É uma educação mais leve, ágil, direta e que leva a situações que o jovem consiga fazer a transposição do conhecimento que acontece dentro de sala de aula com o acontece no mercado de trabalho.”
De acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, o curso técnico é o caminho mais rápido de inserção do jovem no emprego. Em 2017, 70 por cento dos estudantes que concluíram cursos profissionais foram inseridos no mercado de trabalho logo que se formaram.
Com a colaboração de Cristiano Carlos, Paulo Henrique Gomes