As taxas de juros médias cobradas pelas instituições financeiras no cartão de crédito rotativo chegou em maio a 299,8% ao ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (26).
Esse patamar do juro do cartão é o mais alto desde maio de 2018 (303,6% ao ano). Em abril, a taxa média estava em 298,6% ao ano.
Ao mesmo tempo, os juros bancários da economia, fixados pelo Banco Central a cada 45 dias para controlar a inflação, estão na mínima histórica de 6,5% ao ano desde março do ano passado.
O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado pela pessoa que não pode pagar o valor total da sua fatura no vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Para usar o crédito rotativo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.
Já a taxa média do cheque especial, de acordo com a instituição, recuou de 323,6% ao ano, em abril, para 320,9% ao ano, em maio.
O cheque especial é uma linha emergencial que permite ao correntista gastar um certo limite definido pelo banco, mesmo que ele não tenha dinheiro na conta.
A recomendação de especialistas é de que os clientes evitem essas linhas de crédito ou as utilizem por um período muito curto de tempo, pois as taxas de juros cobradas são extremamente elevadas.
A recomendação é que os clientes substituam essas modalidades por linhas mais baratas, como, por exemplo, o crédito consignado, em que as prestações do empréstimo são descontadas da folha de pagamentos.
A inadimplência, que segundo o Banco Central também influencia os juros cobrados pelos bancos, ficou estável em 3% em maio, mesmo patamar de abril. No caso das pessoas físicas, subiu de 3,3%, em abril, para 3,4% em maio e, entre as empresas, ficou inalterada em 2,6% no mês passado.