Estado registra aumento na procura pela Educação de Jovens e Adultos e se destaca como a segunda maior rede do país nessa modalidade
A Bahia registrou um aumento de 8% no número de jovens, adultos e idosos que voltaram a estudar em 2024. Segundo o Censo Escolar divulgado pelo Ministério da Educação, o número de matrículas na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) passou de 119.542 em 2023 para 129.741 neste ano. Com esse crescimento, a rede estadual baiana se consolida como a segunda maior do país na EJA, atrás apenas de São Paulo.
Para a secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, o avanço é reflexo direto de um conjunto de ações que vão além da oferta de vagas. Ela destaca o trabalho de busca ativa por estudantes, o acompanhamento pedagógico, a qualificação de professores e os programas de permanência escolar como fatores essenciais para garantir o retorno e a continuidade dos estudos por quem não pôde estudar na idade adequada.
“Nosso compromisso é criar condições reais para que essas pessoas permaneçam na escola. Estamos investindo em alimentação de qualidade, formação docente, infraestrutura, apoio financeiro com o Bolsa Presença — alinhado ao programa federal Pé-de-Meia — e também na oferta de cursos técnicos profissionalizantes”, afirmou Rowenna.
A EJA está presente em todos os 27 territórios de identidade da Bahia, sendo oferecida em escolas estaduais, unidades prisionais e centros socioeducativos, por meio de parcerias com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac). O modelo se diferencia do ensino regular por permitir a conclusão do Ensino Médio em dois anos e exige idade mínima de 18 anos. Para o Ensino Fundamental, o acesso é permitido a partir dos 15 anos.
A avaliação na EJA é contínua e feita por meio de conceitos, não por notas, com foco no tempo humano e em um currículo baseado em eixos temáticos. Em 2024, a modalidade ganhou ainda mais força com o lançamento do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA, iniciativa que une esforços dos governos federal e estadual.
Além disso, o Governo da Bahia investiu aproximadamente R$ 70 milhões na compra de livros didáticos para o Ensino Médio da EJA, já que o programa federal PNLD contempla apenas o Ensino Fundamental. O Estado também direciona recursos para formação de educadores e iniciativas como os exames gratuitos da Comissão Permanente de Avaliação (CPA), que contribuem para a elevação da escolaridade de milhares de baianos.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações da SEC Bahia