O Ministério Público solicitou que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue a atuação de atores que se passam por médicos em vídeos roteirizados para divulgação de produtos supostamente milagrosos, que muitas vezes sequer tem autorização da Anvisa.
Como abordado no Jornal Metropole desta semana, atores aparecem em vídeos nas redes sociais, se apresentando como médicos, biomédicos ou farmacêuticos, usando nomes e em alguns casos até registros reais nos conselhos profissionais, tudo isso com o objetivo de vender produtos dos fabricantes que os contrataram. Os vídeos fazem parecer que esses profissionais estariam sendo entrevistados e contando suas experiências com os medicamentos e suplementos, mas tudo se trata de encenação, inclusive a identidade dos “entrevistados”.
O subprocurador-geral Lucas Furtado defendeu, na representação enviada ao TCU, que a Corte deve impor o respeito às responsabilidades atribuídas aos órgãos fiscalizadores do exercício tanto da medicina quanto de outras áreas da saúde. Furtado pede que TCU apure a atuação das entidades de fiscalização de exercício profissional diante de casos em que pessoas se passam por médicos para realizar a prática e verifique se as medidas adotadas pelos conselhos responsabilizam os envolvidos e promovem os princípios da eficiência e da moralidade administrativas.
Fonte Metro1