Joe Jackson, pai de Michael Jackson, morreu aos 89 anos na madrugada desta quarta (3h30, horário de Los Angeles, onde estava internado). O patriarca da família Jackson estava hospitalizado com câncer no pâncreas em estado terminal. Nos últimos anos, foi diagnosticado com demência e sofreu um ataque no coração e alguns derrames — um deles no Brasil, em 2015, onde chegou a ser internado por um período.
O empresário se tornou conhecido por levar ao estrelato nos anos 1960 o grupo Jackson 5, formado por cinco de seus onze filhos. Entre eles estava Michael, que mais tarde voaria solo e se tornaria um dos maiores nomes da história da música. Vieram também da família as cantoras Latoya, Rebbie e, a mais famosa, Janet Jackson.
O patriarca, contudo, encerra sua vida no ostracismo e com a fama de pai abusivo. Não foram poucas as vezes em que os filhos, especialmente Michael, questionaram na idade adulta os métodos do pai, que teria abusado física e emocionalmente da família.
Nascido em 1928, em Fountain Hill, Arkansas, Joe, apelido de Joseph, era descrito como solitário pelo avô, um ex-escravo. Aos 12 anos viu seus pais se divorciarem e se mudou para a Califórnia. Tentou ser boxeador e músico, mas não foi bem sucedido em nenhuma das duas carreiras. Se casou com Katherine Scruse, em 1949, com quem teve nove filhos, entre eles Michael — duas outras crianças viriam de relacionamentos extraconjugais. Permaneceu casado com Katherine até o fim.
Em 1962, viu Tito, na época com 9 anos, tocar sua guitarra escondido. Apesar de o ter castigado por mexer em suas coisas, Joe enxergou potencial no menino. Ele o treinou juntamente com os outros mais velhos, Jermaine e Jackie, formando inicialmente um trio que mais tarde ganhou a presença dos caçulas Marlon e Michael. O sucesso estrondoso do Jackson 5 durou até os anos 1970, quando Michael, cansado dos abusos do pai, se lançou em carreira solo. Morto em 2009, o cantor deixou Joe fora de seu testamento.
Fonte: Veja