O número de crianças que morreu por gripe triplicou no Brasil em 2018, informa o Ministério da Saúde. Foram 44 mortes esse ano (até o dia 16 de junho), contra 14 óbitos registrados no mesmo período em 2017. Até o momento, 3,6 milhões de crianças menores de cinco anos não foram vacinadas, informa o Ministério da Saúde.
No total, o Brasil teve 3.122 casos de influenza em 2018, com 535 mortes contabilizadas até o dia 16 de junho. A campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira (22) após duas prorrogações. Algumas cidades, como o Recife, no entanto, decidiram prorrogar a campanha até segunda-feira (25) em face do jogo do Brasil.
Crianças foram as que menos se vacinaram este ano, com 67,7% dos vacinados. Aquelas entre seis meses e cinco anos têm indicação para a imunização gratuita, além de idosos, gestantes e outros grupos.
“É essencial que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para receber a vacina e, assim, evitar as complicações do vírus. É uma forma de proteger as crianças e também o restante da população”, disse Gilberto Occhi, ministro da Saúde, em nota.
Não é só na gripe que as crianças estão tendo baixa cobertura vacinal. Em 2017, vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela apresentaram o menor índice de vacinados em 16 anos.
Especialistas acreditam que uma menor percepção de risco sobre essas doenças, principalmente em gerações que não viram a condição se manifestar, pode explicar em parte a menor cobertura.
Maior parte das mortes é por H1N1
No total, o Brasil teve 3.122 casos de influenza em todo o país, com 535 óbitos. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 635 casos e 97 óbitos. Além disso, foram 278 registros de influenza B, com 31 óbitos e os outros 324 de influenza A não subtipado, com 56 óbitos.
Das mortes, 393 apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, como doenças cardiovasculares, diabetes mellitus e pessoas com dinsfunções respiratórias, informa o Ministério da Saúde.
Quem tem indicação para a vacina gratuita:
- Professores da rede pública e privada;
- Profissionais de saúde;
- Crianças entre 6 meses e cinco anos (estão com a menor cobertura);
- Gestantes;
- Mulheres com parto recente (com até 45 dias);
- Idosos a partir de 60 anos;
- Povos índigenas;
- Portadores de doenças crônicas;
- População privada de liberdade (inclui funcionários do sistema prisional e menores infratores).
Fonte: G1