Mulheres de várias partes do país se reúnem neste domingo (21) para lutar pelo direito de atendimento por enfermeiras obstétricas, profissionais autorizadas para a realização de partos humanizados em casa. É a Marcha Nacional pelo Parto Humanizado, que vai ganhar as ruas de 18 cidades, entre elas, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte.
A enfermeira obstetra Priscila Bastos, uma das participantes da marcha, explica que esse direito está sendo violado, sendo inclusive questionado em disputas judiciais. E destaca a capacitação destas profissionais para a realização dos partos.
“Dentro das suas formações, elas entendem tudo sobre emergência obstétrica, urgência obstétrica, emergência neonatal, urgência neonatal… elas sabem agir. Nós fomos treinadas pra isso. Nós fazemos isso, inclusive, dentro do sistema público de saúde. Identificando risco, a gente encaminha para o médico, porque aí existe uma questão a ser tratada e gestação não é doença”.
A enfermeira reforça ainda a importância da liberdade de escolha das mulheres.
“Sobre mulheres, sobre mulheres pretas, sobre mulheres que querem, de novo, voltarem hoje a se responsabilizar pelo seu corpo, pelas suas escolhas e pelos seus processos”.
Ela também aponta os resultados obtidos em partos realizados com enfermeiras obstetras.
“Fomos nós que diminuímos as taxas de mortalidade, fomos nós que diminuímos as taxas de hemorragias severas, fomos nós que diminuímos bebês nas UTIs e as mães em leitos em UTIs maternas… foi depois que a gente entrou no circuito”.
Além do atendimento às mulheres no parto, enfermeiros obstétricos têm, entre outras atribuições, atendimento no pré-natal e no puerpério, apoio no aleitamento e promoção da educação em saúde, baseando-se nos direitos sexuais.
Fonte Radioagência Nacional