A nova subvariante BQ.1, da linhagem Ômicron do coronavírus, tem preocupado os baianos. Em entrevista à Rádio Metrópole nesta quarta-feira (16), o infectologista Tiago Lôbo confirmou que estamos vivendo uma nova onda de Covid e revelou que a nova sublinhagem já foi registrada na Bahia.
Apesar da preocupação, o infectologista acredita que a onda não irá atrapalhar o Carnaval dos baianos. A previsão do especialista é que ela dure até dois meses e meio. Desta forma, os festejos de Natal e Reveillon devem acontecer durante um período de crescimento dos contágios, como ocorreu em 2021.
“O Carnaval vai acontecer entre as ondas, sem risco de grandes contaminações naquele momento. O período entre junho e julho e entre dezembro e janeiro são os espaçamentos entre as ondas”, explicou.
Lôbo esclarece que os riscos da nova subvariante são semelhantes aos da variante Ômicron. De acordo com ele, o que tem se visto no Brasil e no mundo é que a Ômicron e suas subvariantes são menos letais. O especialista, no entanto, alerta que, ainda assim, é preciso evitar se expor.
Para quem tem 60 anos, é imunossuprimido ou tem doenças metabólicas, a recomendação de Tiago Lôbo é que use a máscara N95, mantenha as doses de vacinação atualizadas, higienize as mãos e evite aglomerações. O especialista chama atenção também para um cuidado redobrado entre aqueles que perderam pais, filhos ou irmãos para a Covid, “uma vez que a genética dessas pessoas favorece para um quadro mais grave da doença”.
“Não adianta pensar que as outras pessoas vão usar máscara e proteger a gente. As pessoas que têm risco de Covid grave devem procurar a proteção individual, que é máscara N95,e evitar aglomeração em ambientes fechados. É isso que vai proteger a pessoa. A gente já sabe o que tem que fazer, já aprendemos a lidar com ela, a prevenir”, afirmou
De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do Bahia (Sesab), no estado, foram registrados 5 óbitos e 1.012 novos casos de Covid na semana entre os dias 6 e 12 de novembro. Apesar de já estar em circulação, isso não significa que a BQ.1 seja a sulinhagem dominante no país. Na semana passada, em São Paulo, foi registrado o primeiro óbito causado pela BQ.1 no país.
Fonte Metro1