Uma nuvem de gafanhotos voltou a se aproximar do Brasil e do Uruguai nos últimos dias e tem gerado preocupação na população. Autoridades brasileiras consideram que a principal forma de combater o problema é através de agrotóxicos, contudo especialistas avaliam método como prejudicial.
De acordo com o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa, na sigla em espanhol), para a BBC News, a nuvem de gafanhotos atualmente está na província de Entre Ríos, na Argentina, nas proximidades com o Rio Grande do Sul e o Uruguai.
Especialistas afirmam que as temperaturas mais altas na região Sul do Brasil podem ter favorecido o deslocamento dos gafanhotos. A estimativa é de que os gafanhotos estejam a cerca de 120 quilômetros do município gaúcho de Barra do Quaraí.
Uma nuvem de gafanhotos pode destruir plantações. Eles se alimentam de material vegetal e podem comer entre 30% a 70% de seu peso, podendo chegar a 100%.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento alertou, em junho, sobre a nuvem de gafanhotos que avançava em direção ao Uruguai e ao Sul do Brasil. A pasta ainda não descarta a possível chegada da nuvem de insetos ao Brasil.
No fim do mês passado, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essa medida permite a contratação de pessoal por tempo determinado e autoriza a importação temporariamente de defensivos agrícolas para combater os gafanhotos.
Segundo o governo do Rio Grande do Sul, para a BBC News, o plano de combate aos insetos pode contar até, caso necessário, com cerca de 400 aviões para aplicar o agrotóxico contra a nuvem.
Especialistas alertam que o uso de agrotóxicos é inadequado para enfrentar os gafanhotos e que pode causar sérios danos às pessoas e ao meio ambiente.
Fonte: A Tarde Reprodução