O aumento percentual de mais de 700% no número de óbitos por Covid-19 de pessoas mais jovens, na faixa etária entre 20 a 29 anos e, um pouco menor, na faixa dos 40 aos 49 anos, contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil de Feira de Santana no mês de abril, são claros em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus.
Ainda aguardando o cronograma de vacinação para suas idades no estado, a população mais jovem viu crescer os números percentuais de óbitos no último mês, mesmo quando comparados a março deste ano, o segundo mês com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus no município, e também em relação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
Em Feira de Santana, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média para a idade desde o início da pandemia foi a da população entre 20 e 29 anos, com crescimento percentual de 722% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021. Os números absolutos de falecimentos desta faixa etária também aumentaram em abril, passando de 1 em março para 4 no último mês, mesmo com a diminuição no total de mortes causadas pela doença em relação a março de 2021.
Na sequência, a faixa etária que vai dos 30 aos 39 anos registrou um aumento percentual de 75% do número de óbitos em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Em números absolutos em relação a março, também apresentou crescimento, passando de 4 para 6. Outra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 40 e 49 anos, com os óbitos aumentando 68% em relação à média para a idade desde o começo da pandemia, registrando um aumento de 11 óbitos em março, para 15 em abril, nos números absolutos.
Ainda em crescimento, mas em patamares inferiores, a população entre 70 e 79 anos registrou aumento percentual de mortes de 17% em relação à média desta idade no período. Em números absolutos esta população registrou aumento, passando de 15 em março para 24 em abril. A faixa etária de 60 e 69 anos também apresentou um pequeno crescimento de 7%, mas em números absolutos não registrou aumento.
Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à média desde o início da pandemia, reduzindo 40% na faixa entre 70 e 79 anos e 42% na população entre 90 e 99 anos.
Ranking Estadual
Na média nacional, a Bahia apresenta um crescimento de 78% na faixa de 30 a 39 anos, ficando acima da média nacional, que apontou crescimento percentual de 56%. Já as faixas etárias de 40 a 49 e 50 a 59, com aumento percentuais de óbitos de 36% e 37% respectivamente, ficaram abaixo da média do País. A faixa de 60 a 69 anos, mostrou um crescimento de 38%, ficando acima da média nacional, que registrou aumento de 22%.
Todos os Estados brasileiros registraram aumento percentual de óbitos na faixa entre 40 e 49 anos na comparação com a média desta idade desde o início da pandemia e 15 deles estiveram acima da média nacional. À frente deste ranking está o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina, aumento de 118%, Sergipe, crescimento de 101%, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, aumento de 94%. São Paulo e Rio de Janeiro, com 66%, e Distrito Federal, com 58%, também estiveram acima da média nacional.
Já na faixa etária entre 30 e 39 anos, 22 Estados registraram crescimento em abril em relação à média do período, sendo que 12 deles acima da média nacional. Os aumentos foram maiores nos Estados do Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (97%), Rio Grande do Norte (94%), Mato Grosso (92%) e Distrito Federal (90%). A lista tem ainda Paraná (75%), São Paulo (73%), Minas Gerais (67%) e Rio de Janeiro (59%).
Na última faixa com crescimento nacional acima de 50%, entre 50 e 59 anos, novamente todos os Estados brasileiros registraram crescimento, sendo 16 deles acima da média nacional. Os maiores aumentos foram nos Estados do Rio Grande do Norte (152%), Pará (105%), Rio Grande do Sul (80%) e Acre (73%). O Paraná registrou aumento de 59%, Distrito Federal, de 58%, São Paulo, de 56%, e Rio de Janeiro de 54% nesta faixa etária.
Sobre a Arpen/BA
A Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen/BA) conta com 217 associados, do total de 286 titulares de Registro Civil do Estado da Bahia distribuídos por todos os municípios e distritos baianos, responsáveis pelos principais atos da vida civil dos cidadãos, entre eles os registros de nascimentos, casamentos e óbitos. Associação legítima representante da categoria no âmbito estadual e nacional.
Assessoria de Comunicação da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen/BA)