O Papa Francisco faleceu de forma rápida e inesperada na manhã da última segunda-feira (21), após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) fulminante. Segundo o chefe da equipe médica do pontífice, Sergio Alfieri, não houve dor excessiva nem possibilidade de intervenção médica eficaz. “Foi um daqueles AVCs que, em uma hora, te levam embora”, disse o médico em entrevista publicada nesta quinta-feira (24).
Alfieri, que acompanhou Francisco durante sua longa internação entre fevereiro e março por conta de uma pneumonia nos dois pulmões, contou que foi acionado por volta das 5h30 da manhã (0h30 no horário de Brasília) e chegou ao Vaticano cerca de 20 minutos depois. “Entrei no quarto, ele estava com os olhos abertos, sem sinais de dificuldade respiratória. Tentei chamá-lo pelo nome, mas ele não respondeu. Ali, percebi que ele já estava em coma e que nada mais podia ser feito”, relatou ao jornal Corriere della Sera.
Ainda segundo o médico, houve sugestão por parte dos funcionários do Vaticano para levá-lo ao hospital Gemelli, onde costumava ser tratado. Mas, como ele explicou em entrevista ao La Repubblica, “ele teria morrido no caminho”.
A morte de Francisco, aos 88 anos, surpreendeu o mundo. Apesar da fragilidade dos últimos meses, o Papa havia aparecido no Domingo de Páscoa, um dia antes de sua morte, acenando ao público na Praça de São Pedro em um papamóvel aberto — gesto que indicava melhora em sua condição.
O velório público do pontífice segue na Basílica de São Pedro e entra hoje em seu segundo dia. Cerca de 50 mil fiéis já passaram pelo local para prestar as últimas homenagens. A visitação será encerrada às 14h desta sexta-feira (horário de Brasília).
Redação com informações do g1