A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação sobre um sofisticado esquema de fraude que desviou aproximadamente R$ 2 bilhões de contas vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seguro-desemprego e programas sociais. O golpe, que operou durante cinco anos, teve como principal alvo os usuários do aplicativo Caixa Tem e contou com a participação de funcionários da Caixa Econômica Federal.
Como o esquema funcionava
Segundo a PF, os criminosos acessavam dados de milhares de brasileiros beneficiários de programas sociais e, com o auxílio de servidores da Caixa, invadiam as contas para realizar transferências indevidas. Utilizando softwares que permitiam múltiplos acessos diários ao aplicativo, os golpistas realizavam saques de valores baixos em cada conta, o que dificultava a detecção imediata das fraudes.
Funcionários da Caixa envolvidos no esquema forneciam dados sigilosos e, em alguns casos, realizavam saques a mando da quadrilha. A fraude começava com o levantamento em massa de CPFs, seguido pela verificação de benefícios ativos e alterações cadastrais facilitadas pelos servidores da instituição financeira.
Medidas e orientações
A Caixa Econômica Federal confirmou os desvios, mas assegurou que os valores foram ressarcidos às vítimas. A instituição orienta que, em caso de suspeita de golpe, os clientes devem procurar uma agência ou entrar em contato pelo telefone 0800 726 0101.
Expansão das investigações
O delegado Pedro Bloomfield Gama Silva, da PF no Rio de Janeiro, informou que há registros de quadrilhas espalhadas pelo país aplicando o mesmo tipo de golpe. “Estamos implementando mais sistemas, tanto de biometria quanto de monitoramento via inteligência artificial, para que possamos reduzir o número de fraudes”, afirmou ao Fantástico.
Impacto e precauções
Este caso destaca a importância de medidas rigorosas de segurança cibernética e da vigilância constante por parte dos usuários de aplicativos financeiros. A colaboração entre instituições financeiras e órgãos de segurança é crucial para prevenir e combater fraudes que afetam diretamente os cidadãos.
Redação com informações do Fantástico