Hábitos ruins, falta de avaliações e exames médicos…Dados revelam que número de mortes em casa, relacionadas ao coração cresceu 32% durante a pandemia.
Em um ano em que não se fala (e pensa), em nada mais do que na pandemia que transformou a nossa rotina, um dado chama atenção: os cartórios brasileiros registraram um aumento de 32% no número de mortes causadas por doenças cardiovasculares, quando comparado com o mesmo período de 2019, especialmente em casa.
“As pessoas ficaram com medo de ir às clínicas e hospitais se consultar, fazer seus exames regulares”, explica o cardiologista do IHEF Medicina Nuclear, Augusto Almeida. “O que é compreensível, claro, são pessoas com maior vulnerabilidade, mas ainda é necessário que sejam feitas essas manutenções, tomando todos os cuidados preventivos de uso de máscara, álcool gel, indo à sua clínica de confiança, para garantir que tudo esteja bem ou correr atrás do que é necessário para mudar o que não estiver tão bem assim”, afirma o especialista.
Segundo dados coletados pela clínica IHEF de Feira de Santana, o número de procedimentos (exames) realizados durante o ano de 2020 caiu 15% e de consultas com pacientes caiu 16%, quando comparados ao ano anterior.
Bons hábitos:
Estresse, má alimentação, sedentarismo, obesidade, tabagismo, pressão alta, são prejudiciais para qualquer ser-humano. Mas os cardíacos precisam estar ainda mais atentos aos seus hábitos, explica dr. Augusto. “Atividades aeróbicas adaptadas para sua condição, alimentação balanceada com menos calorias, baixo teor de gorduras, valorizando sempre legumes e frutas podem ajudar muito”, lembra o médico.
Realização dos exames:
Pessoas com problemas cardiovasculares precisam realizar exames com a periodicidade determinada pelo médico. Seja anualmente, semestralmente ou por trimestre, é necessária a revisão da saúde.
No IHEF Medicina Nuclear, os exames oferecidos para a saúde do coração são: cintilografia miocárdica de perfusão que avalia se há alguma isquemia miocárdica decorrente de obstrução das artérias cardíacas, angiotomografia de coronárias que avalia a anatomia das artérias, observando também se há presença de placas ateroscleróticas no seu interior.
Outro exame disponibilizado pela clínica é a ressonância magnética, que vem ganhando espaço na avaliação das mais diversas cardiopatias, inclusive em alterações cardíacas causadas pelo coronavírus.
Atenção aos sinais:
“No caso dos acometimentos cardíacos, é importante salientar que consequências catastróficas podem advir a um paciente sintomático que mantém níveis da pressão arterial elevados”, chama atenção o médico.
Sintomas como dor de cabeça, desconforto torácico (dor no peito) sugestiva de angina ou episódios de palpitações seguidos de desmaios, cansaço, devem ser sinais de alerta.
Segue abaixo entrevista concedida pelo médico cardiologista Augusto Almeida ao jornalista Renato Ribeiro durante o programa Rádio Repórter: