Um levantamento feito pelo IBGE em 17 capitais mostrou que, em março deste ano, as passagens aéreas para quem chega ou sai de Salvador e região metropolitana tiveram o maior aumento do país (4%). Nessa região foi também registrado o maior aumento no acumulado de doze meses (63,83%).
Além do preço das passagens mais caras, as maiores companhias aéreas aumentaram o valor pago pelas bagagens despachadas.
Nos voos em que não é oferecido despacho gratuito da bagagem, a companhia Gol, por exemplo, passou a cobrar, essa semana, preços que variam de R$ 95 a R$ 250 nos embarques domésticos. Antes, o valor variava de R$ 80 a R$ 250.
Nos voos internacionais, a cobrança varia de R$ 199 a R$ 650. Antes, a variação era de R$ 100 a R$ 650.
Já a Latam aumentou o valor para o despacho de bagagens no último dia 14, mas só para os voos nacionais. O preço mínimo subiu de R$ 65 para R$ 75. No valor máximo, no entanto, não houve alteração.
A empresa Azul reajustou o valor do despacho no dia 7 de março. O valor mínimo passou de R$ 80 para R$ 90 em trechos domésticos. O preço máximo não teve aumento (R$ 250) e, nos voos internacionais, não houve alteração de preço.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Agentes de Viagens (Abav), Jean Paul Gonze, os reajustes podem levar passageiros a desistir das viagens.
O que dizem as empresas
Em nota, a Gol informou que o reajuste nos valores das bagagens se deve ao aumento de custos na aviação comercial e como forma de adequação aos valores praticados pelo mercado.
A Latam, também por meio de nota, disse que a guerra da Ucrânia impacta diretamente no preço do petróleo e, consequentemente, na alta do preço da querosene de aviação. Esse cenário, segundo a empresa, influencia no aumento das passagens e dos serviços adicionais.
A azul não explicou o motivo do reajuste. Disse apenas que a mudança foi feita na primeira mala.
Fonte G1/Bahia