Diante da grande quantidade de casos de dengue identificados na região, uma série de ações interligadas para combater o mosquito Aedes aegypti, foram reveladas pelo Governo Municipal, na manhã desta segunda-feira25, na Sala de Imprensa Arnold Silva, no Centro de Atenção ao Feirense (CEAF).
Para o enfrentamento do mosquito, que já ganhou dimensões planetárias, os governos municipal e estadual, em ações articuladas, estão utilizando os mais variados recursos disponíveis, com ações definidas a partir do Gabinete da Dengue, que reúne, principalmente, as secretaria de Saúde, Serviços Públicos, Agricultura, Comunicação Social.
Além da mobilização de mais de 2 mil agentes no combate ao mosquito transmissor( na cidade e na Zona Rural), seis carros, tipo “ fumacê”, disponibilizados pelo Governo do Estado, estão sendo usados para espargir larvicidas nos bairros, enquanto dez carros de som levam mensagens relativas as atividades que estão sendo postas em prática nas localidades.
Outro recurso, usado principalmente nos distritos, as bombas costais também fazem parte do esforço governamental para debelar o mosquito, cuja proliferação aumenta exponencialmente em altas temperaturas, tendo como veículo principal águas limpas e paradas. Só no mês de janeiro, a Secretaria de Saúde contabilizou 1.221 casos notificados.
Buscando o apoio da comunidade no sentido de colaborar com as autoridades de saúde a intensificar o trabalho que vem sendo desenvolvido, o Gabinete da Dengue está acompanhando com atenção os casos noticiados nas emissoras de rádio locais.
De posse do endereço, os agentes de saúde comparecem, in loco, nas residências das pessoas que se declaram acometidas pela doença, com vistas a intensificar as ações preventivas na área. Neste sentido, o Gabinete da Dengue está disponibilizando u para a população os telefones 0800- 284-6656, e 0800-223-4673.
Na coletiva convocada pelo prefeito Colbert Martins Filho, os secretários Justiniano França (Serviços Públicos) Denise Mascarenhas (Saúde), Joedilson Freitas (Agricultura), expuseram as ações que vêm sendo tomadas por estas pastas na luta contra a dengue.
O ato contou ainda com as presenças dos secretários Valdomiro Silva (Comunicação), José Pinheiro (Desenvolvimento Urbano), Paulo Aquino (Governo), e Mário Borges (Chefe de Gabinete) Maurício Carvalho (Superintendência de Trânsito)
O Mosquito transmissor
Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Menor do que os mosquitos comuns, é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O macho, como de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes.
Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.
Os ovos não são postos na água, e sim, milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adubo.
O Aedes aegypti põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouros naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.
Fonte: Secom Feira de Santana