Moradoras do distrito de Vila Feliz, em Feira de Santana, estão utilizando o período junino para turbinar as vendas de licores, bolos e outras iguarias e aumentar a renda com matéria-prima retirada quase toda do próprio quintal.
A ação empreendedora começou após iniciativa da associação comunitária da vila, que decidiu colocar barracas de venda às margens da BR-324, no entroncamento de Tanquinho, para comercializar as guloseimas.
Segundo a presidente da associação, Silvania dos Santos, foi possível observar uma possibilidade de as mulheres não fazerem somente as tarefas de casa, mas também faturarem uma renda extra no período do São João.
“Nossa comunidade é próxima à BR-324. A gente colocou algumas barracas e começou a comercializar, por ver as mulheres só em casa fazendo os afazeres. E bom que também têm uma renda extra”, afirmou.
As mulheres receberam equipamentos e capacitação no projeto Feira Produtiva, que permitiu qualificar a produção e firmar convênio com o Estado e a prefeitura de Feira de Santana para fornecer itens para a merenda escolar. Cerca de 110 mulheres tiram o sustento com a venda das iguarias juninas.
Por causa da pandemia e a interrupção nas aulas, a renda diminuiu. Mas a produção segue variada e vai além do licor, canjica e outras guloseimas.
“Se não tiver são João, não tem alegria. Tem que ter a comida típica. A gente sempre costuma ter amendoim, laranja. Nesses dias são de festa, de fartura. Expectativa de boas vendas”, afirmou Noelma Soares, uma das produtoras rurais.
Com matéria-prima de casa, uma das produtoras faz licor com pimenta colhida no quintal. Com a capacitação na produção da bebida, ela disse que a demanda aumentou com pedidos dos clientes e pessoas de todas as idades têm trabalhado na produção.
“A gente tomou vários cursos de licor. De maracujá, de acerola, de manga, de cajá. E chocolate com pimenta. E só de pimenta. A gente fez, o povo experimentou e gostou. Começou a chegar pedido e começamos a investir. Quando tem feira livre nesse período junino, a associação coloca cada família em uma produção. E trabalha do idoso à criança”, finalizou.
Fonte G1/Bahia