Uma infância sem trabalho para garantir o melhor desenvolvimento das crianças. Este foi o tema abordado durante o encontro formativo promovido pelo Ministério Público do Trabalho em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, no Centro de Cultura Maestro Miro. Foram convidados diretores e coordenadores pedagógicos das escolas da Rede Municipal de Educação que atuam com turmas do 4º ano do Ensino Fundamental.
O encontro abordou a importância de preservar a infância e combater o trabalho infantil, visando estimular os profissionais da educação a estarem atentos e trabalharem a questão dentro do ambiente escolar. “Esperamos que eles sejam multiplicadores, não apenas entre os professores, mas que apoiem o desenvolvimento deste senso crítico nas crianças, comunidade e famílias, criando um senso coletivo de combate”, explica a Procuradora do Trabalho, Ana Ribemboim (foto).
Viver a infância da melhor forma
“A criança que trabalha e estuda não tem tempo para brincar, para viver a infância da melhor forma, ser estimulada a ser criativa, confiante e segura. O trabalho infantil gera consequências na vida adulta, danos físicos, psicológicos e também emocionais”, relata Ana.
Não tem tempo para brincar
A Procuradora Regional do Trabalho, Margaret Matos, abordou a importância de denunciar. “Antes dos 16 anos é proibido que o jovem trabalhe, apenas a partir dos 14 como menor aprendiz. Os professores são uma importante ajuda para que se possa identificar e ajudar crianças nesta situação. É importante que denunciem e colaborem”, afirma.
Atentos aos sinais dados
“Infelizmente esta ainda é uma realidade no nosso país, é preciso que estejamos atentos aos sinais que estes alunos dão, sejam nas conversas informais, nas brincadeiras ou em sala de aula”, declara Geruza Ferreira (foto), diretora da Escola Municipal Adenil da Costa Falcão. “Acredito que a educação seja uma importante ferramenta neste processo de combate”, afirma.