O governador da Bahia, Rui Costa (PT), pré-candidato à reeleição, anuncia nesta terça-feira, 19, uma chapa que contempla o PP e o PSD, além de seu partido, para as vagas de vice-governador e senadores, e deixa de fora o PSB ao excluir a senadora Lídice da Matta – que deseja concorrer a um novo mandato.
O atual vice-governador, João Leão (PP), deve concorrer ao mesmo cargo enquanto o ex-ministro Jaques Wagner (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel (PSD), vão disputar as duas vagas no Senado.
O anúncio será feito em meio ao constrangimento de preterir uma aliada histórica do PT na Bahia. Lídice já foi informada pelo governador de que não estará na aliança. Em conversas durante o fim de semana, Rui e Wagner – principal articulador político da campanha – ofereceram a Lídice uma vaga na Câmara ou de suplente de senador. Lídice não retornou aos contatos da reportagem.
Oposição
Enquanto chapa liderada pelo petista deve sair formada apenas por homens, o principal pré-candidato da oposição, José Ronaldo (DEM) anunciou o nome da ex-secretária de Política para Mulheres, Infância e Juventude de Salvador Taíssa Gama (PTB) na disputa por uma vaga na chapa majoritária. A tendência é de que Taíssa, filha do deputado Benito Gama, presidente do PTB na Bahia, dispute a vaga de vice-governadora.
A apresentação do nome de Taíssa, causou ruído entre as siglas opositoras. Até então, as vagas para o Senado e a vice eram disputadas pelo deputado federal Irmão Lázaro (PSC) e pela vereadora de Salvador Ireuda Santos (PRB). Por enquanto, o único nome confirmado nesta chapa é o do deputado federal Jutahy Magalhães Jr. (PSDB), que vai tentar o Senado.
O MDB, que tem o ex-ministro da Integração Nacional João Santana como pré-candidato ao governo, tem conversado com o ex-prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (PRTB) e com o ex-deputado federal Jorge Viana (MDB). A ideia é que os dois disputem o Senado.
Lideradas pelo deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), as conversas com o ex-prefeito, ainda em fase inicial e sem previsão de definição, marcam uma tentativa de reaproximação. João Henrique era do MDB quando se reelegeu para a prefeitura, em 2008, e quando deixou o cargo de prefeito com alta taxa de reprovação quatro anos depois. Já Viana, que acumula base eleitoral em Ilhéus, no sul do Estado, ajudaria a diminuir a taxa de desconhecimento de Santana no interior. O MDB baiano também conversa com PTC, PRP e PROS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.