O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu ordem para que o comando militar de seu país coloque as armas nucleares de represália em posição de alerta grave, depois de ouvir declarações que considerou agressivas de representantes dos países que fazem parte da Otan.
“Como vocês podem ver, países do Ocidente não só tomam medidas não amistosas contra nós na dimensão econômica —eu me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país”, ele afirmou na TV estatal.
“Dessa forma, comando ao ministro da Defesa para que as forças de deterrência do país estejam de prontidão”, disse.
Deterrência é o ato de impedir um ataque provocando um dano ao agressor —essa é uma referência a unidades militares que incluem armas nucleares.
Presidente da Ucrânia diz que delegação do país vai encontrar os russos sem pré-condições
O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, afirmou que vai enviar uma delegação para negociar com os russos sem pré-condições.
Mais cedo neste domingo a Rússia afirmou que enviou uma comitiva a Gomel para negociar, mas os ucranianos se recusaram, pois a Belarus não é um território neutro —tropas russas partiram da Belarus para invadir a Ucrânia.
No entanto, depois disso o líder da Belarus, Alexander Lukashenko, conversou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e esse teria sido convencido a mandar representantes para falar com os russos.
O ucraniano disse que aceitou enviar uma delegação depois de conversar com Lukashenko.
“Nós aceitamos que a delegação ucraniana vai se encontrar com a delegação da Rússia sem pré-condições na fronteira entre a Ucrânia e a Belarus, perto do rio Pripyat”, disse ele.
Embaixadora dos Estados Unidos na ONU: fala de Putin mostra que conflito está mais grave
Linda Thomas-Greenfield, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, afirmou que a ordem do presidente Vladimir Putin, da Rússia, para colocar as armas nucleares em alerta, mostra que o líder russo está escalando o conflito de uma maneira que é inaceitável.
A informação é da agência Reuters/Reprodução G1