Caíram drasticamente as mortes por Covid-19, em Feira de Santana, nos últimos sete dias. É o que revela um levantamento exclusivo feito pelo jornalista Valdomiro Silva em relação às recentes quatro semanas do mês de março. Ele leva em consideração as datas em que efetivamente ocorreram os óbitos. A Secretaria de Saúde do Município faz uma conta diferente. Avalia os números de acordo com o dia em que as mortes são divulgadas, independente da data em que cada uma delas foi registrada.
Por exemplo: nesta segunda-feira, pela forma divulgada, seriam oito mortes contabilizadas. Quando se examina as datas, simplesmente não há nenhuma morte do dia de hoje na tabela. Elas ocorreram dias 6, 11, 20 (dois óbitos), 21, 22 e 28 (dois óbitos). Esta outra metodologia de cálculo permite chegar ao número real de mortes por cada dia do mês, sendo possível atingir uma estatística fiel aos fatos e não aquela outra, superficial.
Assim, conforme dados estatísticos fornecidos diariamente pela Secretaria de Comunicação Social, ocorreram 18 óbitos por coronavírus em Feira de Santana na semana de 1 a 7 de março.
Na segunda semana do mês (8 a 14 de março), o número oscilou levemente para baixo, com a ocorrência de 16 mortes causadas pelo vírus.
O período seguinte, terceira semana, entre os dias 15 e 21, aconteceu o pico do mês, com 20 vidas perdidas.
Felizmente, agora as autoridades veem uma redução significativa, que ocorre na quarta semana, iniciada no dia 22 e encerrada em 28 de março: 6 mortes.
Isto representa no mínimo duas vezes menos óbitos do que qualquer das semanas anteriores. Diz o jornalista: O que não é pouca coisa, em um cenário tão difícil quanto o que se apresenta. Então ele questiona: Seria esta diminuição, na quarta das últimas semanas, uma mera coincidência, ou resultado de uma série de medidas governamentais ultimamente adotadas no município, em busca de uma contenção para o quadro crescente de óbitos? É possível que a vacinação da população idosa, em curso, já esteja proporcionando algum avanço?
São possibilidades que devem ser avaliadas pelos especialistas, ao se debruçarem diante desses números.
Fonte: Valdomiro Silva