Municípios não pactuados encaminham gestantes para a emergência
De janeiro a junho deste ano, o Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) recebeu uma demanda alarmante de atendimentos obstétricos não regulados. Um total de 1.856 gestantes oriundas de diversos municípios foram internadas para partos na unidade de saúde. Esses dados preocupam a Fundação Hospitalar de Feira de Santana, já que impactam na rotina da unidade hospitalar.
Gilberte Lucas, diretora-presidente da FHFS, ressalta a importância de uma regulação eficaz no direcionamento dos pacientes, especialmente em casos de gestantes de municípios diferentes. “O Hospital da Mulher é uma maternidade municipal voltada primordialmente para gestantes de Feira de Santana. Os demais municípios devem aderir aos critérios estabelecidos pela Regulação e Pactuação para a devida encaminhamento de pacientes. Não é possível atender a todas as urgências obstétricas da região”, enfatiza Lucas.
A gestora destaca que municípios que não possuem acordos de pactuação têm encaminhado gestantes diretamente para a emergência do Hospital da Mulher, o que infringe os protocolos definidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses protocolos visam assegurar o planejamento e a eficácia das ações de saúde em cada região.
De acordo com registros do próprio Hospital da Mulher, apenas no primeiro semestre de 2023, cerca de 40 gestantes da localidade de Santo Amaro, que não possui acordo de pactuação com Feira de Santana, foram admitidas para partos na unidade. No mesmo período, mais de 23 mil gestantes foram atendidas na instituição.
Gilberte Lucas alerta que a quantidade de atendimentos de gestantes de municípios pactuados, somente no primeiro semestre, já supera a meta anual estabelecida. “Esse desafio tem se tornado recorrente, com inúmeras pacientes sendo encaminhadas por conta própria de municípios não pactuados, sem a devida regulação, através do serviço ambulatorial”, ressalta a gestora.
Fonte: Secom Feira de Santana