O número de notificações de casos suspeitos de Influenza caiu em 88,6% até a semana 26/18 de junho, onde foram notificados cinco casos suspeitos, enquanto no mês de maio o número registrado foi de 44.
Os dados da Vigilância Epidemiológica foram apresentados nesta terça-feira, 10, durante Seminário de Prevenção e Tratamento de Influenzas, no auditório da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Vacina não causa gripe, esclarece especialista
Durante o evento, a infectologista Melissa Falcão (foto) alertou sobre a importância da vacina para prevenção da gripe. “É bom esclarecer que a vacina da gripe não pode causar gripe, como algumas pessoas falam. É um vírus inativado, não tem como ressuscitar”, ressalta.
A infectologista também explicou algumas diferenças dos sintomas de gripe e resfriado. “No resfriado geralmente a febre está ausente, enquanto na gripe a febre é alta e constante, numa média de 37.8º. Mesmo você administrando medicamento, num quadro de gripe, a febre irá retornar. Nós temos que ficar atentos, principalmente se esse quadro febril passar de cinco dias”, ressalta.
Prevenção durante todo o ano
Também palestrante do evento, a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Maricélia Maia (foto) alertou que esses vírus circulam durante todo o ano, porém já é esperado o aumento nesta época, a partir do mês de março devido a mudanças climáticas. “Não podemos nos preocupar apenas no período com maior incidência de casos, mas temos que permanecer trabalhando durante todo o ano com estratégias que busquem reduzir o número de casos e as complicações da doença, principalmente entre crianças e idosos”, pontua.
Crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 podem se vacinar
Mesmo com o fim da campanha de vacinação contra a influenza, onde 130.178 pessoas foram imunizadas em Feira de Santana (103,25% do público alvo), a Secretaria Municipal de Saúde continua a realizar a vacinação utilizando as doses restantes com adesão de um novo público: crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos.
Permanece tendo direito a vacina, o grupo prioritário, que são idosos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, mulheres em período pós-parto, portadores de doenças crônicas, professores da rede pública e privada, trabalhadores da saúde, indígenas, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.