O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), comentou o chamado PL do Aborto nesta sexta-feira (14), durante o evento de assianatura da ordem de serviço das obras do VLT, no bairro da Calçada, em Salvador. Para o ex-governador do estado, a discussão do projeto de lei “não está seguindo um bom caminho”, mas também não é visto por ele como uma provocação do Congresso Nacional ao governo Lula.
“Acho que esse debate não pode ser caminhado para polarização política ou para circunstâncias ideológicas ou religiosas […] o debate não pode, não deve ser feito nessas circunstâncias porque haveremos de perder milhares de vidas. Acho que o debate não está num bom caminho”, afirmou.
“Temos que chamar a sociedade à reflexão que esse tipo de política não deveria estar existindo nem no Brasil nem no mundo. Acho que ela não é merecedora de credibilidade, de atenção, porque ela só descola e só acirra, não governa oposição, mas as pessoas”, concluiu.
Questionado pela equipe do Repórter Metropole se o avanço do projeto na Câmara dos Deputados poderia ser visto como uma afronta ou uma provocação do Congresso contra o governo federal, Rui Costa afirmou que não enxerga dessa forma. “Isso é fruto, na minha opinião, de um momento difícil que a humanidade vive, que substitui-se o debate de mérito, de conteúdo um debate denso”, disse.
Na última quarta-feira (12), o deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ), autor do projeto de lei que propõe equiparar a aborto ao crime de homicídio, havia justificado a proposta alegando que queria “testar o presidente Lula”. “O presidente mandou uma carta aos evangélicos na campanha dizendo ser contra o aborto. Queremos ver se ele vai vetar”, disse o deputado ao blog da jornalista Andréia Sadi.
Fonte Metro1