Quase três quartos das mortes no estado de São Paulo são de pessoas com mais de 60 anos. Segundo levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), em 2018, 297,8 mil residentes morreram no estado. Desses, 72% eram de pessoas com mais de 60 anos de idade e 20% de idosos acima dos 85 anos.
A fundação chama atenção para uma mudança nos padrões nas últimas décadas, consolidando a tendência de envelhecimento populacional. “A população paulista com 50 anos e mais cresceu 85% em 18 anos, ao passo que a de menos de 50 anos aumentou somente 5%”, compara o estudo.
Em 2000, morreram 162,1 mil pessoas com mais de 50 anos, enquanto, em 2018, foram 250,3 mil. Em 2018, foram 47,5 mil mortes de pessoas com menos de 50 anos. Dezoito anos antes, o número nessa faixa etária era de 75,5 mil.
Em 2018, a idade média da pulação era de 35,7 anos; em 2000, era de 30,2 anos e, em 1980, de 26,1 anos. Combinam-se nessa mudança de perfil, a queda nas taxas de mortalidade e natalidade. A população paulista cresceu 4,8 vezes entre 1950 e 2018, enquanto o número de mortes aumentou a uma taxa de 2,7 vezes no período.
Causas de morte
No triênio de 2016 a 2018, as quatro principais causas de morte da população do estado foram doenças do aparelho circulatório (29%), neoplasias – tumores (18%), doenças do aparelho respiratório (14%) e causas externas (7%).
A principal mudança em relação aos três anos de 1999 a 2001 é a redução das mortes por causas externas, especialmente acidentes de trânsito e homicídios. Naquele período, as causas externas eram responsáveis por 14% dos óbitos, as doenças do aparelho circulatório por 31%, as neoplasias por 15% e as doenças do aparelho respiratório por 11%.
2050
As projeções da Seade indicam que em 2050 o estado de São Paulo chegará aos 47,2 milhões de moradores, crescendo em relação aos 44 milhões de 2018. A idade média passará para 44,1 anos e o número médio de mortes alcançará o patamar de 512,8 mil por ano.
Agência Brasil