Gilberte Lucas, presidente da Fundação Hospitalar, ressaltou a importância de ações como esta para criar uma rede de apoio para os pais de crianças com trissomia 21.
O Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) realizou a 4ª Oficina Síndrome do Amor, destinada a crianças com Síndrome de Down (T21). O evento promovido pela Fundação Hospitalar de Feira de Santana ofereceu uma série de atividades e orientações focadas no desenvolvimento infantil. A iniciativa teve como objetivo promover a interação entre mães, permitindo que compartilhassem desafios e experiências da maternidade atípica. Além disso, foi oferecida uma oficina de brincar terapêutico, ensinando as mães a estimular seus filhos em casa através da brincadeira.
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, estima-se que no Brasil, a cada 700 nascimentos, um é de uma criança com trissomia 21, totalizando cerca de 270 mil pessoas com a condição no país. De acordo com Lília Oliveira, fisioterapeuta pediátrica responsável pelas oficinas, a participação dos pais no processo de desenvolvimento infantil é crucial.
Gilberte Lucas, presidente da Fundação Hospitalar, ressaltou a importância de ações como esta para criar uma rede de apoio para os pais de crianças com trissomia 21. “A oficina foi aberta ao público, e não apenas para as crianças acompanhadas no serviço ambulatorial do Hospital da Mulher. Entendemos o quanto esses serviços são importantes para a população”, destacou Gilberte Lucas.
Gilcimara Pereira da Silva, moradora do bairro George Américo, acompanha assiduamente o filho nas sessões de fisioterapia. “Sempre que possível, eu ou minha mãe estamos presentes para ajudar, apoiar e incentivar o Elías, de apenas 10 meses. Ele frequenta a instituição de saúde desde que nasceu, e o progresso dele é notável”, relatou.
Os pais de Maria Helena, de 1 ano e 2 meses, ficaram entusiasmados com as orientações oferecidas na roda de conversa. O policial militar Joemar Rios considerou o momento muito especial para a família. “Minha filha nasceu com T21 e com algumas complicações, já fez duas cirurgias no coração e usa marca-passo, mas tem muita vontade de viver. Estamos hoje aqui na oficina do Amor, proporcionando para ela a inclusão e os benefícios que a fisioterapia traz”, salientou Joemar.
Mara Denise Melo, mãe de Maria Luíza, a menininha mais sorridente da oficina, compartilhou emocionada a sua experiência. “A equipe de fisioterapia do Hospital da Mulher está proporcionando para minha filha a qualidade de vida que buscamos e que ela merece”, ressaltou. Ela também enfatizou a importância da participação familiar nas oficinas, para que as práticas possam ser continuadas em casa. “Em casa, trabalhamos as atividades que ela aprende aqui para que ela tenha autonomia e independência. Hoje, Lília Oliveira nos ensinou como mantê-la em pé, melhorando o tônus muscular de forma correta”, explicou Mara.
Lucilene dos Santos, mãe de seis filhos, não mede esforços para trazer Pedro Henrique, de cinco anos, para a Oficina, já que ele não realiza fisioterapia em outro serviço.
A 4ª Oficina Síndrome do Amor aconteceu no Ambulatório de Especialidades, durante o turno da manhã e da tarde, proporcionando um dia cheio de diversão e movimento com atividades de fisioterapia através de brincadeiras lúdicas.
Fonte: Secom Feira de Santana