O prefeito de Salvador ACM Neto comunicou, no início da noite de hoje (23), após mais uma rodada de conversas com patrões e empregados, que o Sindicato dos Rodoviários aceitou a proposta de reajuste de 2,7% mediada pela Executivo municipal. A categoria vai se reunir em assembleia, entre as 4h e as 5h desta quinta-feira (24), para votar o fim da greve que começou nesta quarta. Ou seja, a cidade deverá amanhecer com os ônibus circulando.
“Se tudo der certo, no início da manhã já teremos ônibus rodando. A proposta prevê reajuste salarial e de benefícios como tíquete alimentação em 2,7%. Trata-se de um reajuste maior do que a inflação, ou seja, é um ganho real para os trabalhadores. Além disso, os empregos estão mantidos e não vai haver retirada de conquistas adquiridas anteriormente”, anunciou ACM Neto, que tem atuado como interlocutor entre patrões e empregados, ao lado do secretário de Mobilidade, Fábio Mota, desde o início das negociações.
O prefeito, que concedeu a coletiva ao lado de Fábio Mota e de representantes do Sindicato dos Rodoviários, entre eles o presidente da entidade, vereador Hélio Ferreira, voltou a dizer que a proposta e o acerto com os empresários não passa por aumento da tarifa de ônibus ou qualquer outra concessão. “Não teremos reajuste de tarifa e nem supressão de linhas. Não admiti, em nenhum momento, que o usuário do transporte público fosse prejudicado. Desde 2013, a gente sempre tem priorizado isso”, salientou. Ele agradeceu ao esforço dos empresários para chegar à proposta de 2,7%, mesmo com o aumento do diesel e a crise que atinge a economia do país.
Assembleia – Presidente do Sindicato dos Rodoviários, o vereador Hélio Ferreira agradeceu o empenho do prefeito em resolver a questão e evitar que a greve se prolongasse. Ele disse que a proposta não era o que a categoria queria, mas que, diante da realidade econômica e da possibilidade de um percentual menor no dissídio, houve avanço. “A gente não tinha boas perspectivas no dissídio, pois deveria ser definido o reajuste apenas pelo percentual da inflação”, afirmou.
“E foi um aumento superior ao que outras categorias estão obtendo pelo Brasil. Além disso, conseguimos o compromisso dos patrões de concederem empréstimos para a renovação das carteiras de habilitação, que serão pagos em parcelas mensais”, acrescentou o sindicalista.