É tudo ou nada para a Argentina. Neste domingo, às 16 horas, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pela terceira e última rodada do Grupo B, a seleção bicampeão do mundo e 14 vezes vencedora da Copa América encara o Catar com a missão de vencer para se classificar às quartas de final da competição continental. Com a derrota por goleada do Peru para o Brasil, um empate ainda dará chances matemáticas – desde que o Paraguai perca para a Colômbia -, mas uma derrota será um vexame total com a eliminação precoce.
Reserva no último jogo, o atacante Sergio “Kun” Aguero deve começar como titular na partida ao lado de Lionel Messi e Lautaro Martínez, levando Pereyra ao banco. O treinador Lionel Scaloni não quis adiantar a escalação, mas pede o apoio de todos para levar a Argentina à próxima fase da Copa América.
“Os jogadores precisam de apoio, não da pressão em cima do que é de vida ou morte. É um jogo de futebol, temos de ganhar. O que está acontecendo (críticas) não ajudam, são jogadores que precisam de apoio e positivismo para darem o melhor”, disse Scaloni, neste sábado, em entrevista coletiva no local do jogo. “Esses garotos (jogadores) precisam de apoio e positividade”.
Na avaliação do treinador argentino, para melhorar o rendimento da equipe é preciso aumentar a posse de bola e evitar que Messi fique isolado. “As primeiras bolas que começamos a perder, acabamos jogando muito por dentro, perdemos o controle e a jogada seguinte não é boa. Isso gera desconfiança e a desconfiança faz com que a jogada não seja fluida. Temos que ter paciência, tocar a bola e ir ganhando confiança com isso. Assim vamos melhorando”, opinou. “Temos o melhor jogador do mundo e muitas vezes ele está sozinho no meio. Precisamos de equilíbrio para que isso não aconteça e ele acabe sobrecarregado”, explicou.
Sem medo da Argentina e de Messi, o Catar também sonha com a classificação em uma competição que entrou como convidado da Conmebol. “É verdade que não somos muito conhecidos na América do Sul, mas temos jogadores superprofissionais e viemos aqui para competir e não tirar fotos com Messi”, disse o técnico espanhol Félix Sánchez em entrevista coletiva.
A seleção do Oriente Médio, que tem um ponto e ocupa o terceiro lugar do Grupo B, não quer desperdiçar a oportunidade de eliminar a Argentina de Messi. Mas o mais importante, para Sanchez, é a classificação e não a possível eliminação do rival sul-americano, o que seria considerado um vexame.
“Eles são os favoritos e são obrigados a vencer. Vamos tentar competir contra uma grande equipe que tem o melhor jogador no mundo. Temos a chance de nos qualificar e é isso que é emocionante, não o fato de que poderíamos derrubar um monstro como a Argentina”, observou.