O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, suspendeu todas as investigações a respeito do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu ex-assessor Fabrício Queiroz baseadas no compartilhamento de dados bancários e fiscais com o Ministério Público sem autorização do Poder Judiciário.
A decisão, tomada no curso de um Recurso Extraordinário que corre em segredo de Justiça vale em todo o país para qualquer pessoa investigada na mesma situação do senador.
O senador passou a ser investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro após um monitoramento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que identificou movimentações atípicas na conta de seu ex-assessor enquanto Flávio Bolsonaro era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Suspeito de ser o operador do esquema conhecido como “rachadinha”, Queiroz trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj de 2007 a 2018. Ao longo de 2016, o ex-assessor movimentou 1,2 milhão de reais em sua conta bancária, com uma série de saques e depósitos fracionados considerados atípicos pelo Coaf.