A cidade de São Paulo confirmou na última quarta-feira (9) o primeiro óbito pela subvariante da Ômicron, que se espalha rapidamente pelo mundo. A subvariante BQ.1 é a mesma que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como Alemanha e França.
Na Bahia, a subvariante ainda não foi registrada, mas a Secretaria estadual de Saúde já aguarda o aumento de casos devido à maior capacidade da variante de driblar a resposta imune. No entanto, até o momento, não há planos sobre voltar com a obrigatoriedade da máscara.
“A gente espera o aumento desse número de casos, mas estamos no menor número [de casos, internações e mortes] diante de todo o histórico da pandemia. Então hoje, nesse momento, a gente não vislumbra a necessidade de editar nenhum decreto ou norma complementar para o uso obrigatório das máscaras”, afirma a coordenadora do Centro de Operações em emergência em saúde, Priscila Macedo.
A orientação, no entanto, é de que, nos locais onde não é possivel manter um distanciamento adequado de um metro e que não permitam a ventilação natural, como nas estações de ônibus, de transbordo, e metrô, seja usada a máscara. “Principalmente se você for idoso, gestante ou pessoa com imunidade comprometida”, afirma Macedo.
Qual a diferença da BQ.1 para outras variantes do SARS-CoV-2?
O vírus sofre mutações para se adaptar, conseguir superar as células de defesa e se espalhar mais rápido no corpo humano. A BQ.1 carrega um conjunto de mutações na proteína spike, estrutura que permite que ele se ligue às células, e com isso tem maior capacidade de driblar a resposta imune.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas mutações provavelmente conferiram à BQ.1 uma vantagem em relação às outras subvariantes da Ômicron. Por isso, ela está se espalhando a uma velocidade significativamente maior na Europa e nos Estados Unidos.
O novo vírus pode causar um quadro mais grave de Covid?
Por enquanto, não há dados que sugerem isso. As informações até agora mostram que mesmo com o aumento de casos, a grande maioria dos infectados apresenta apenas sintomas leves. Na França, por exemplo, o aumento de infecções provocadas especificamente pela BQ.1 não gerou crescimento das taxas de hospitalização e morte no país.
Fonte Metro1