Uma tradição que fazia muita falta para todas as famílias nordestinas voltou com tudo este ano. O colorido típico das festas juninas encheram de alegria os pátios e corredores das escolas públicas municipais de Feira de Santana.
Por conta da pandemia pela Covid-19, os estudantes e professores vivenciaram uma fase de atividades não presenciais e, outra, no formato híbrido – com os dois tipos de ação pedagógica.
Agora, o reencontro presencial foi marcado por muita criatividade, expressividade e beleza. “De fato, as escolas fizeram bonito no encerramento do primeiro semestre, percebemos uma diversidade incrível de produções que esbanjaram charme, criatividade e delicadeza ao trazer de volta uma tradição que é realmente muito importante na nossa região”, conta a secretária de Educação, professora Anaci Paim.
A programação marcou esta última semana de aulas, com culminância na última quarta-feira, 22. As atividades têm uma importância especial principalmente para as crianças no início da vida escolar que sentiram falta da convivência no período em que todos ficaram mais distanciados por conta das circunstâncias impostas pela pandemia.
“A partir dos dois ou três anos temos crianças que, nos anos anteriores, não tiveram a oportunidade de ingressar na escola. E temos também aqueles alunos a partir dos 6 anos que estavam sentindo muita falta da interação com os colegas e professores”, avalia a secretária. “Este convívio é fundamental para o desenvolvimento das crianças”, lembra Anaci Paim.
VALORIZAÇÃO DA CULTURA
No enfoque pedagógico, as equipes buscam destacar as riquezas do povo sertanejo através da comida, personalidades, festejos, vegetação e também do artesanato.
Da Educação Infantil, Ensino Fundamental até os anos escolares da Educação de Jovens e Adultos (EJA), no noturno, teve de tudo: comidas típicas, casamento na roça, quadrilhas super animadas, painel para fotos com personagens juninos e ainda as brincadeiras típicas do período junino, como corrida de saco, corrida com ovo ou limão na colher, dança da laranja e pescaria. Junho é o mês da colheita no Nordeste e este é outro ensinamento para os alunos.
E não faltou a eleição das majestades juninas, outra forte tradição nas escolas. Algumas inovaram e, além do rei e da rainha do milho, escolheram também as majestades do aipim e da laranja, valorizando também os produtos importantes da nossa região.
Os temas também ganham um enfoque mais humanizado, como o Arraiá da Empatia, mostrando que as escolas buscam cada vez mais aproveitar as datas típicas para disseminar bons valores com as crianças.
Teve também as barracas da Amizade e do Abraço. E até um Bando Anunciador, forte tradição de Feira de Santana, foi realizado em uma das escolas municipais, com muita alegria, diversidade e empolgação.
Já a decoração e os figurinos são motivos de orgulho e muita paixão. Com uma dedicação incrível dos professores e muitas vezes também das famílias, as festas ganham um visual de tirar o fôlego. Os alunos se sentem mais valorizados e aprendem a respeitar a tradição mais importante do Nordeste.
Fonte: Secom Feira de Santana