O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse que mais de 400 funcionários trabalhavam na mina do Feijão no momento do desabamento da barragem em Brumadinho. Estima-se que havia 427 pessoas no local, e 279 foram resgatadas vivas.
Segundo ele, a Vale virou “todas as barragens do avesso” depois da tragédia de Mariana e contratou “as melhoras auditorias do mundo”.
“Como vou dizer que a gente aprendeu se acaba de acontecer um acidente desses?”, acrescentou. “Desde já quero pedir nossas sinceras desculpas pelo sofrimento que está sendo causado, não importa a causa. Isso é inaceitável”, declarou Schvartsman.
Mais tarde, em novo pronunciamento, ele indicou que a tragédia de Brumadinho deve ter mais mortos que a de Mariana. “A parte ambiental deve ser muito menor, e a tragédia humana, terrível”, disse.
A barragem estava desativada desde 2015 e continha sobretudo silica separada do minério de ferro na exploração. Segundo o executivo, o potencial de contaminação é muito menor do que o dos rejeitos que vazaram em Mariana.
Schvartsman diz que a auditoria alemã Tüv Süd atestou em 26 de setembro de 2018 “a perfeita estabilidade da barragem”. Ele assumiu o cargo em 2017, sob o lema “Mariana nunca mais”. (ANSA)