De acordo com um estudo divulgado nesta sexta-feira (7) pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, mais de 1 milhão e 350 mil pessoas perdem a vida todos os anos em decorrência de acidentes de trânsito.
O Relatório da Situação Global deste ano aponta que, atualmente, as lesões causadas pelo trânsito são a principal causa de morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos.
No Distrito Federal, por exemplo, existe um projeto chamado Transitolândia, onde os alunos do ensino fundamental são educados a agirem de forma segura no trânsito, para se tornarem multiplicadores de boas práticas. Ouça como a estudante Sofia Freire aprendeu direitinho a lição.
“Tem que prestar atenção para dirigir. Não pode ver o celular quando está dirigindo, se não você pode bater o carro e acontecer um acidente grave.”
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o uso de celular ao volante já é a terceira maior causa de fatalidades no trânsito do Brasil. Anualmente, o trânsito tira a vida de mais de 37 mil pessoas no país.
O uso de celular também é um risco para os pedestres. Cada vez mais, são registrados casos de pessoas atropeladas porque estavam distraídas com o seu telefone no momento de atravessar uma rua ou um cruzamento.
Aqui no Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro completou 20 anos. Os avanços na legislação trouxeram mais segurança para motoristas, passageiros, pedestres e motociclistas, mas ainda é preciso diminuir os acidentes de trânsito.
Neste ano, por exemplo, começou a vigorar uma lei que aumenta a pena para quem cometer crimes ao dirigir, principalmente se o cidadão estiver sob efeito de álcool ou de outra substância entorpecente. Agora, a pena passa a ser de 5 a 8 anos de reclusão, além da suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo.
A Michele Santos do Nascimento, de 32 anos, perdeu a mãe e a irmã, no Dia das Mães, por conta de um motorista alcoolizado.
“Um motorista alcoolizado veio em alta velocidade e bateu no nosso carro. Com isto a gente atingiu mais três carros da frente, foi um engavetamento e ele foi nos arrastando por 20 metros e com isso a minha mãe veio a óbito e a minha irmã também faleceu.”
De acordo com o estudo, houve progressos na legislação que, de forma geral, foi aperfeiçoada, visando a redução de riscos, o excesso de velocidade e vetos à ingestão de bebida alcoólica antes da direção. Também há menção à obrigatoriedade quanto ao uso de cintos de segurança e capacetes.
Além disso, o estudo da OMS aponta que os pedestres e ciclistas são responsáveis por 26% de todas as mortes no trânsito, enquanto os motociclistas e passageiros por 28%.
Reportagem, Cintia Moreira