Decisão evita alta imediata nos preços de celulares, computadores e chips, mas mantém risco de novas taxas no futuro
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu deixar de fora smartphones, computadores e componentes eletrônicos das chamadas tarifas “recíprocas”, aliviando temporariamente o impacto sobre consumidores e grandes empresas de tecnologia, como Apple e Samsung.
A isenção, anunciada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA na noite de sexta-feira, retira esses produtos da tarifa de 125% aplicada a itens importados da China e da tarifa global de 10% sobre produtos de outros países. Estão livres da taxação aparelhos como iPhones, notebooks, discos rígidos, chips de memória e processadores — itens que, em sua maioria, não são fabricados em solo americano.
A decisão chega como um respiro para os consumidores, especialmente após uma corrida às lojas da Apple em Nova York, motivada pelo medo de aumento nos preços. A medida também representa um alívio estratégico para fabricantes como a Taiwan Semiconductor, que anunciou investimentos nos EUA e pode ter sido beneficiada pela isenção de tarifas sobre equipamentos usados na produção de semicondutores.
Apesar do recuo, o alívio pode ser apenas temporário. As isenções fazem parte de uma diretriz que proíbe a aplicação de tarifas específicas sobre setores já afetados por taxas gerais, mas não eliminam a possibilidade de novas tarifas no futuro. Trump já sinalizou a intenção de tributar semicondutores com tarifas exclusivas, embora ainda não tenha especificado o percentual.
Até agora, as tarifas setoriais impostas pelo presidente norte-americano giram em torno de 25%. A dúvida que paira é se, e quando, as promessas de novas taxações sobre eletrônicos e componentes serão levadas adiante — o que pode impactar diretamente a cadeia global de tecnologia.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações de Agências Internacionais