Em nota divulgada na noite de ontem (12), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou que tenha sido alvo de um ataque cibernético, após alguns de seus sistemas terem sofrido instabilidade ao longo do dia.
De acordo com o comunicado, a queda nos sistemas “foi motivada por uma sobrecarga interna e não tem relação com interferência externa (ataque cibernético)”.
Ao longa da quinta-feira, os sites do TSE e dos tribunais regionais ficaram indisponíveis, bem como os serviços do Processo Judicial Eletrônico (PJe), por meio do qual as partes podem acessar documentos de um processo. O portal de divulgação de candidaturas também apresentou instabilidade.
De acordo com o TSE, o problema ocorreu devido a um defeito em um datacenter, equipamento que armazena e processa dados. O tribunal informou que técnicos do fabricante do equipamento trabalhavam para corrigir o problema
O TSE garantiu que o problema técnico em nada afeta as eleições municipais, cujo primeiro turno está marcado para o próximo domingo (15).
A queda nos sistemas do TSE ocorreu pouco mais de uma semana depois de um ataque cibernético ter paralisado todos os sistemas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Outros órgãos estatais também relataram ataques recentemente, como o Ministério da Saúde e o governo do Distrito Federal.
“O Tribunal Superior Eleitoral esclarece que a queda nos sistemas da Justiça Eleitoral, registrada na tarde dessa quinta-feira (12), foi motivada por uma sobrecarga interna e não tem relação com interferência externa (ataque cibernético).
Por conta do problema, ficaram indisponíveis serviços como Processo Judicial Eletrônico-PJE, divulgação de candidaturas e sites dos TSE e dos tribunais regionais.
O travamento de equipamento de infraestrutura, um datacenter, está sendo solucionado por técnicos do tribunal em parceria com técnicos do fabricante. Na noite de ontem, os sistemas começaram a ser normalizados, e a expectativa é de retomada plena nesta sexta-feira (13).
O problema técnico não afeta nenhum processo relacionado à votação deste domingo (15), como preparação de urnas, totalização de votos e transmissão de resultados.
É importante lembrar que a urna eletrônica brasileira foi projetada para funcionar sem estar conectada a qualquer dispositivo de rede, seja por cabo, wifi ou bluetooth. Ou seja, a urna é um equipamento isolado, o que preserva um dos requisitos básicos de segurança do sistema.
Além disso, a totalização dos votos, após o envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) funciona por meio de rede privativa criptografada.”
Agência Brasil