A Unidade de Pronto Atendimento Elizabeth Dias Marques, popularmente conhecida como UPA da Queimadinha, encerra 2024 com números expressivos: cerca de 597 mil atendimentos realizados até esta sexta-feira (6), entre consultas, exames e procedimentos. Somente na última semana, a unidade registrou 9.823 atendimentos.
Funcionando 24 horas por dia, a unidade de urgência e emergência é classificada como porte 2, oferecendo serviços de clínica médica e pediatria. Embora não tenha esta finalidade, a UPA realiza alguns atendimentos de natureza ambulatorial de pacientes que chegam á unidade. Segundo Vera Lúcia Galindo, coordenadora geral de UPAs e Policlínicas, essa dinâmica gera situações de desentendimento, como a registrada nesta semana.
Na madrugada da última terça-feira (3), um caso de desacordo em relação ao atendimento culminou em violência contra os profissionais de saúde. “Uma mãe chegou com duas crianças apresentando queixa de tosse há quatro dias. Após o cadastro, classificação de risco e exame físico, foi constatado que o quadro não era urgente, com ambas em estado estável e sem sinais de desconforto respiratório. A médica orientou que o atendimento deveria ser feito em uma unidade básica de saúde. A mãe, no entanto, reagiu de forma agressiva, proferindo ofensas e praticando atos de vandalismo, danificando equipamentos e ameaçando a equipe”, explicou Vera Lúcia. Os profissionais ameaçados registraram um Boletim de Ocorrência na Delegacia Polícia Civil.
Demanda e desafios
Até essa sexta-feira (6), 11 pacientes internados na UPA aguardavam regulação para unidades hospitalares. Esse dado reforça os desafios enfrentados pela rede municipal de saúde, especialmente em unidades que recebem casos além da sua capacidade de atendimento especializado.
Além disso, é importante destacar que as UPAs e policlínicas não realizam marcações de exames diretamente. Para isso, o município disponibiliza 103 unidades de saúde e o aplicativo Feira Conectada, que facilita o encaminhamento para a realização de exames e outros procedimentos.
Fonte Secom/PMFS