A cesta básica em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, registrou aumento de 3,74% em outubro deste ano, alcançando R$ 442,70.
Em setembro, a cesta custava R$ 426,73, conforme dados reunidos por professores e alunos do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Eles trabalham no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”.
Em relação ao salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), o valor da cesta básica comprometeu 43,51% do ganho do trabalhador de Feira de Santana em outubro.
Quanto ao tempo de trabalho para a compra dos produtos da cesta, foi gasto 95 horas e 43 minutos. Foram 3 horas e 28 minutos a mais de tempo de trabalho para comprar comida comparado ao observado no mês de setembro.
Em outubro, apenas com a aquisição de carne, o feirense desembolsou 29,36% de todo o valor destinado à compra da cesta básica, o que revela o peso significativo do produto nos gastos com alimentos.
Ainda na variação dos preços no mês de outubro, foi constatada uma elevação do preço médio do tomate (37,72%), após dois meses seguidos de queda do preço do produto.
Outros alimentos que também tiveram aumento nos preços médios em outubro foram o café (9,52%), o açúcar (3,38%) e o óleo (3,04%).
As quedas mais significativas foram da farinha, feijão, manteiga e pão, todas no intervalo de 3% a 1,5%. Os demais produtos da cesta básica apresentaram variações pequenas, de menos de 1%, positiva ou negativa. Nesse conjunto estão: arroz, banana, carne e leite.
No trimestre, o café foi o produto da cesta que registrou maior aumento de preço médio, com elevação de 24,69%.
Nos últimos 12 meses, foi observado que o valor da cesta subiu 8,41%. Nesse período, o café e o açúcar apareceram como os produtos de maior elevação de preço: o café teve aumento de 46,56% e o açúcar, 38,49%.
Os dados levantados pelos professores e alunos da Uefs apontam que apenas três alimentos tiveram redução de preço médio nesses últimos 12 meses: leite, arroz e farinha, com quedas de 7,93%, 4,13% e 1,75%, respectivamente.
Sobre a carne, alimento cujo preço médio mais impacta a cesta básica, foi contabilizada uma elevação de 11,37% nos últimos 12 meses.
Fonte G1/Bahia